sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Ouve o barulho... ouve!
O ruído, esses sons todos malucos revoando sobre
tudo
sobre nós.
O que há em torno? mundo?
E essa voz
que despenca ouvido adentro
essas vozes
uns sussurros de segredo e
após
o barulho, gritos, ais!
Tudo isso ao mesmo tempo, apitos, medos, surdos abraços de degredo e solidão.
Soluços lancinantes, e barulhos,
ouve!

Houve um tempo em que a voz
ao ser falada
não feria.
Houve um tempo em que eu faria qualquer coisa para ouvir.
Mas agora, ai!, esse ruído e gritaria,
essa alegria transbordante,
essa palavra mal falada
essa mal dita humanidade
que não cala...

terça-feira, 8 de setembro de 2009