- Jogue-o no calabouço, regente, execute-o!
O jovem imperador entrava na adolescência. Era todo fúria e ímpeto, tempestade de autoridade recoberta com manto azul. O regente ditou a sentença: trabalho nos campos comunitários, cárcere provisório e assistência às obras da igreja. Voltaria a ver sua família apenas dois anos depois.
- Mas ele conspirava contra o trono! Não, pior, ele conspirava contra a cidade! Talvez contra o império! Não podemos deixá-lo livre, não podemos deixá-los pensar que venceram, que qualquer um pode ameaçar a ordem do mundo!
- O mundo está cheio de pequenas teorias da conspiração, vossa alteza. Teorias de conspirações e mesmo de conspirações reais. Até para falarmos contra elas devemos ser precavidos: nunca sabemos quando nosso discurso poderá soar conspiratório.
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