Rio de Janeiro, museu, exposição de arte, galeria. Uma menina, sorrindo, tirava foto de si mesma. Naquelas poses de autofoto, ângulo alto, sorrindo. Sorrindo. Mão na cintura, sorrindo. Flash. Sisuda. Sisudíssima. O sorriso bonito era mesmo pra foto, e só. Clicada, voltou ao normal, voltou a não ligar mais pra nada. Museu, coisa chata. A telinha da câmera digital não estreita só a vista, mais. Hoje em dia, sou forçado a achar, estreita a vida. Sisuda. Chata.
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