quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

cena banal no oriente


Na China, às vezes falo sozinho para diminuir tua falta, tua distância. Falo em francês, no meio de chinos, nem que seja só um 'oui', só um 'porquoi'. Nem que seja uma exclamação em dialeto walon, a língua do teu avô.

Me pego pensando em francês, no meio de ideogramas brilhantes e luminosos. Parce que oui, eu penso, só porque sim. Vejo, num templo budista, um homem com o filho amarrado no peito, o enfant.

Tudo o que eu também quero, enfim. Budismo, um filho, toi no meu peito. A China é uma cena banal: passam lojinhas em Hong Kong com cerveja Chimay, frites de Belgique. Mas tu não está aqui.

Je t'aime três fort. Duì, em chinês, oui em francês. Por isso confundo. O mundo é grande e estamos longe. Nesta semana.

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