sexta-feira, 26 de março de 2010

Vendo tempestades


Raio, lá longe. 1, 2, 3, 4, 5, 6, Cabrum! Estrondo filhodaputa. E eu aqui, sentado, olhando pela janela a chuva que desce. Tempestade mesmo, com vento, raio, trovão, água água água. Parece sei lá o quê. Aprendi esse truque quando pequeno. Tempos depois vi novamente, numa história da Turma da Mônica. Raio, conta, trovão. Depois divide os segundos por três e sabe a que distância está. A tempestade.

Relâmpago. Não sei se lá longe, só vi o clarão. 1, 2, 3, barulho. Merda, tempestade vindo. E eu vendo a tempestade. Pela janela... vendo. Meu deus, eu vendo tempestades!

Será que isso dá dinheiro? Sei lá, ninguém nunca tentou, não foi? Beleza, a merda é sair na chuva. Chuva da porra... Atravesso a rua e um raio cai. 1, 2, trovão. Puta que pariu, dois divido por três dá quanto? Tá muito perto, esse caralho. O próximo deve cair aqui do lado.

Ainda bem que eu trouxe esse pote de, ahn, pote de vidro. Acho que era maionese, antes. Mas tá limpinho, minha mãe lavou, colocou na água fervente. Tá chovendo mais forte agora. Acho que pego o próximo raio. Vai, estico o braço e o pote aberto começa a encher d’água. Tomara que o raio caia. Mas será que basta? O que é que faz a tempestade?Justificar

Lá vem o raio. Tô sentindo o cheiro, já, ele tá vindo. Droga, esqueci de esvaziar o pote, porra! O raio caiu. Tô vendo, ele tá vindo. Eu vendo, hahahaha, eu vendo tempestades!

Mas... o que acontece quando o raio cai na mão?