segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

querido diálogo I

- É preciso entender o ritmo das águas-vivas - ele dizia - e saber nadar no meio delas.

- Como se fosse possível.

Ergueu os olhos para a descrente, sorrindo um pouco.

- Por que eu mentiria?

- E eu sei lá? Talvez pra me convencer.

- Te convencer de quê?

- De que é preciso entender o ritmo das águas-vivas, saber nadar no meio delas, em vez de ficar na areia segura e seca.

Baixou os olhos, sorrindo um pouco. Ela já cria.