Começou com o violino no canto do palco, que podia ser rabeca, e começou com tanta música e dança no telão de lá de trás que, naturalmente, o resto não podia ser ruim. Antonio Nóbrega traz ao palco um monte de músicas de estilos variados, vários, do país quase todo, coco, samba, choro, tambor de crioula e maracatu. Mais um monte, que eu nem sei citar quais são.
Nóbrega busca compor um estilo, uma escola de dança e expressão corporal baseada nas matrizes dançarinas populares: umbigada, capoeira, frevo, etc e mais. Faz como fizeram os responsáveis pelo balé clássico, por exemplo, que a partir de polcas cirandas campesinas e folguedos em torno da fogueira, na velha Europa dos séculos muito poucos, criaram o balé como o balé é. Seja lá quem os responsáveis forem, seja lá. Nóbrega, por aqui, monta mesmo um balé brasileiro, um baléralé marcelinofreiro, e é genial no que mostra.
Várias boas coreografias, com ritmos diferentes cobrindo o espectro bem vasto do passo corporal. Antonio mesmo e duas bailarinas, Maria Eugênia e Marina, que tão de parabéns, de muitos parabéns. Dançam os três durante hora e meia, te convencendo de que saber mexer com o corpo é trabalho para poucos. Nos três números finais, três solos, Nóbrega sintetiza o que cria, ali no palco.
Ele expressa as bases, as coisas todas nas quais se ergue, enquanto os outros solos demonstram o alcance a que a dança pode chegar. Maria Eugênia é de longe a mais ágil e ligeira, e se no meio do show Antonio Nóbrega explica o que são contratempos e tempo sincopado, é isso que ela mostra. Entre os dois, no outro solo, Marina Abib tem a leveza de quem não precisa de solo algum. Sua dança é lenta e sinuosa, mas rápida como uma roda que não pára de girar. Talvez numa das músicas/coreografias mais peculiares do espetáculo, ela se eleva e enleva os olhos do público até o ar. Literalmente. Naturalmente.
Nóbrega busca compor um estilo, uma escola de dança e expressão corporal baseada nas matrizes dançarinas populares: umbigada, capoeira, frevo, etc e mais. Faz como fizeram os responsáveis pelo balé clássico, por exemplo, que a partir de polcas cirandas campesinas e folguedos em torno da fogueira, na velha Europa dos séculos muito poucos, criaram o balé como o balé é. Seja lá quem os responsáveis forem, seja lá. Nóbrega, por aqui, monta mesmo um balé brasileiro, um baléralé marcelinofreiro, e é genial no que mostra.
Várias boas coreografias, com ritmos diferentes cobrindo o espectro bem vasto do passo corporal. Antonio mesmo e duas bailarinas, Maria Eugênia e Marina, que tão de parabéns, de muitos parabéns. Dançam os três durante hora e meia, te convencendo de que saber mexer com o corpo é trabalho para poucos. Nos três números finais, três solos, Nóbrega sintetiza o que cria, ali no palco.
Ele expressa as bases, as coisas todas nas quais se ergue, enquanto os outros solos demonstram o alcance a que a dança pode chegar. Maria Eugênia é de longe a mais ágil e ligeira, e se no meio do show Antonio Nóbrega explica o que são contratempos e tempo sincopado, é isso que ela mostra. Entre os dois, no outro solo, Marina Abib tem a leveza de quem não precisa de solo algum. Sua dança é lenta e sinuosa, mas rápida como uma roda que não pára de girar. Talvez numa das músicas/coreografias mais peculiares do espetáculo, ela se eleva e enleva os olhos do público até o ar. Literalmente. Naturalmente.