Adulto, o imperador se arrastava ao fim da batalha. Seu braço lacerado, espada ensanguentada, rosto suado escorrendo por sobre a armadura centenas de preocupações.
Havia vencido, mas o mundo parecia escuro à sua volta. Quando entrou na tenda reservada a seu descanso, lá estava o ex-regente.
- O que faço, senhor? Se luto pela Verdade, Justiça, pela Luz, por que tudo parece escuro assim?
O velho nunca gostara de guerra: em seus tempos de regente apenas dera ordens que defendessem o império, tentando nunca iniciar um embate. Não era bom de ofensivas, não gostava delas, não julgava serem boas nem quando eram para o Bem.
- Se buscas a luz, vossa alteza, olhe para a Luz. Se olhas a escuridão, meu senhor, verás escuridão. Mas mesmo ao olhar a Luz, ao se guiar por ela, não sejas a luz. Ser a Luz vos impede de compreender a escuridão.
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