A espada caiu no mosaico do salão principal, ecoando por todo o castelo. O imperador estava aborrecido com algo, mas não aparentava: sua face permanecia impassível, tranquila. Até sorria um pouco.
- Que há, nobre senhor, vossa alteza?
- Nada. Apenas voltei para casa.
- No meio da guerra, meu senhor, vossa alteza?
- No meio da guerra não, que a guerra acabou. Acenei para o inimigo um "pronto, chega", virei as costas e vim-me embora.
- E... e o inimigo não vos perseguiu? Não vos emboscou? Não matou vossos pelotões?
O silêncio dos pássaros de outono cantava nas janelas altas do salão.
- Não.
- Mas... meu senhor, vossa alteza, perdoe-me a ousadia mas... mas e a honra da guerra? E a guerra justa, a boa guerra, a guerra que vale a pena ser combatida?
Agora o imperador, meia idade, sorria.
- Não há guerra que valha a pena ser combatida, meu amigo. Agora, se não for exigir demais de vossa servidão, sente aqui a meu lado e vamos acabar com uma ou duas garrafas de vinho.
muito bom esses contos de fábulas. não há guerra justa. um "pronto, chega" realmente é a única coisa que precisaríamos fazer pra interromper qualquer tipo de guerra.
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