domingo, 9 de dezembro de 2012

quarante troisième em homenagem a Gilbert Durand, hoje água



O sol na teia de aranha ilumina um canto do quarto com brilho de caçador. É manhã. Tremendo presa a ela não sei se está aranha, mosca, folha ou estrela perdida da noite anterior.

Voa um vento quarto adentro, erguendo as folhas da mesa e varrendo os pensamentos. Post-its colados no mundo amarelecem parede de um mapa de azul profundo.

No fundo de algum oceano há de haver, mesmo no instante agora, uma grande teia marinha impedindo que as águas fundas acabem por ir embora.

A vocação das águas é trocar de casa.

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