Toca o interfone, a irmã atende. Não é ninguém. Continuo na sala ao som tocando, martelo agalopado. Escrevo um texto sobre o zen e o imaginal. Toca a campainha. "Quem é?" e a irmã responde, lá de dentro, "Não era ninguém, ora". Mas alguém está à porta, alguém tocou. Vou lá e abro. Num passo à frente, quase dentro da casa, uma menina de roupa de escola em pleno sábado olha pra mim, olha pro teto, olha pra porta, com uma cartolina gigante dobrada nas mãos. "É, oi... é... ahn... AH! Desculpa, desculpa, desculpa... desculpa". "Desculpo", eu falo.
E ela sai miúda, subindo as escadas dizendo "É no quarto andar, é no quarto andar".
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