entre gozos, juraram se foder para sempre. Depois, nunca mais se viram. Era patético o quanto de desprezo existia no próprio corpo que esporrava. No futuro essa palavra só seria xingamento: porra, caralho, vai tomar no cu!
Não agora. Entre lençóis, enquanto o outro no chuveiro, o um pensava pelos poros que queria ir embora. Mas não ia. Tinham pela frente pelo menos alguns dias... enquanto um voltava escorrendo água, o outro escorria por baixo da manta pra fora da cama, pra fora da casa, com o pé nu na terra ao quintal.
Num misto de querer e de não, metiam-se os dois por entre as roupas jogadas no quarto, por entre os vasos, por entre si, repetidamente, até que a única alternativa fosse sair, vestir alguma coisa mesmo que desconfortável e sumir na escuridão.
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