nasce um deus
a todo instante
na manjedoura do dia
entre poema e pão dormido
dão-se os braços três amigos
buscando a manha também
na manhã de cada ocaso
acaso se encontram juntos
corvos, serpentes e sapos
e todos os bichos do mundo
o farfalhar de uma folha
o cricrilar de um grilo
e até o som distorcido
do grito de um periquito
colorem as voltas da terra
no fundo de uma quieta gruta
o pulmão dos deuses berra
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