Joaquim nasceu no verão de 1963, em uma típica família de classe média, com pais levemente desajustados e clientes assíduos da terapia reichiana. Ele, menino, cresceu com saúde física e mental quase invejável, vindo a sair de casa quando jovem para cursar uma das melhores universidades do país. Voltou à casa dos pais muitas vezes, mas seus negócios na capital federal o faziam estar mais presente era na vida do próprio filho, que como ele cresceu quase invejavelmente saudável, e era até mais inteligente que o pai. Da mãe não se fala muito, a mulher de Joaquim. A vida foi boa, olhando em retrospecto, e se houvesse se lamentado durante o correr dos anos, Joaquim sentiria remorsos por nutrir sentimentos ruins. A sorte nunca lhe sorriu como o gato de Alice, mas também não abriu um sorriso de orelha a outra com um canivete. Joaquim, velho, estava feliz por ter sabido levar a vida com calma e tranquilidade, respirando sempre e reclamando pouco. Morreu de morte natural.
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