O sétimo reino no ranking da riqueza passou a investir pesado, aquele ano. Os seis primeiros reinos se tornaram temerosos, desconfiados, infiltraram agentes e sabotadores. Não era para um sétimo se tornar em sexto, ou - deus os livrasse disso! - em primeiro. Nunca.
O ano transcorreu. Sétimo reino era difícil de entender. Os seis primeiros soberanos, os agentes, os infiltrados, os sabotadores, todos acompanharam a odisseia anual. Pelas prestações de contas mensais, pelo orçamento público, todos sabiam que o sétimo reino investia pesado. Durante um ano. Ninguém, entretanto, sabia onde, ou sabia como.
Pensou-se em guerra. Investimentos tão secretos só podiam ser cilada, só podia ser uma fria. Como na antiga investida silenciosa e armamentista. Os seis reinos começaram a se preparar, também em silêncio - mas nem tanto. Os reinos todos souberam em pouco tempo que os seis primeiros investiam em guerra, "Segurança nacional", como diziam. Os reinos todos ficaram temerosos. E o ano prosseguia.
Na classificação anual, depois de contadores e economistas, assistentes sociais e antropólogos, monges e executivos, depois de toda a equipe inter-reinal de avaliação passar pelos reinos todos, o ranking foi exposto.
Os seis primeiros reinos tinha descido vertiginosamente, entre as posições 23 e 42. O sétimo reino, curiosamente, continuava em sétimo.
Os seis primeiros postos agora eram dos reis que antes estavam entre 8º e 13º.
O oitavo colocado, entretanto, foi a maior surpresa daquele ano. A maior surpresa. O oitavo reino era o que antes, no ano passado, fôra o septagésimo primeiro. 71. O último colocado do ano anterior.
E então todos os reinos souberam onde o sétimo reino havia investido.
Este ano, dizem as bocas-pequenas que o novo 71º já mostra sinais de melhora...
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