o coração bombeava sangue pelas veias
e nas vielas a bomba ensanguentava
as muitas velhas
que eram velhas demais pra não olhar
o caminho daquela rua estava claro
com o clarão de pólvora cheirando a fogos
e crianças rezavam a são joão
para que não se apinhassem mais os corpos
porque o balão que subia aos céus
só por sorte desviava do dilúvio
em que bombas eram gotas que choviam
de joelho sem os pés
o menino vestido de josé escutava o fim da noite
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