Foi desviar o olhar da quadrilha no meio da rua pra ver, no alto, a menina dançar com um bassê. Aquele cachorro salsicha, pertinentíssimo ao clima de festa junina. Porque em São Paulo, como se sabe, comida típica é pipoca e hot dog, talvez milho verde e bastante quentão. E vinho. Quente.
Olhando pra cima, janela de cima, no alto da casa, eu vi enquadrada a cena junina. No canto uma velha apoiada sorria, olhando a quadrilha dançar. No outro, um homem dançava com o bassê no colo. No meio dos dois, central na janela, menina pulava dançando pra lá e pra cá no ritmo velho do arrastapé, do anarriê. Ela e o bassê, no colo do homem.
Num show de viola caipira aprendi que pagode é um som lá do meio do mato, do pasto. Uma toada ligeira sem nada a ver com pandeiro. Antes eu já sabia que pagode é uma torre budista, um templo. Com pandeiro também há pagode.
A festa junina vista da janela era feita no clube de samba.
Monges budistas tocando pandeiro no meio do pasto.
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