sexta-feira, 24 de junho de 2011

(cena) 12 sentido terminal

No início do caminho dois ônibus seguiam cheios, um atrás do outro. Era final de campeonato, dois ônibus cheios de torcedores de um time só. Começou o hino no carro da frente, ao que o carro de trás respondeu. Começou a cantar também. O tempo que levava pro hino chegar de um carro ao outro era o delay entre eles. O verso se repetia feito eco, e a torcida seguia feliz.

na volta, no ônibus em que eu tava, uma mulher com o supercílio inchado, tão inchado, que ou havia apanhado ou descendia de neanderthal

e

hoje uma criança pequena voltava pra casa ou ia pra festa, ao lado do pai, vestida xadrez, que nem caipirinha. No ônibus.

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