terça-feira, 14 de maio de 2013

ônibus 54 sentido terminal, cena banal

Pessoas fazendo festa, dando carinho, pessoas na rua brincando com cachorrinhos, afagando o pêlo e o focinho. Despudoradas. Pessoas não ligam nada pra intimidades, pra atenção, ser carinhoso com animais no meio do povo, ali no povão, numa encruzilhada, entre saída e chegada do trem.

Pensei bem. Tentei. Humanos demonstram afeto claro, aberto e largo, afeto mesmo descontrolado, em praça pública, olhos dos outros. Para cachorros, para animais.

De um humano pra outro, mesmo por sob o pano, mesmo fechado em casa, às vezes nada. Não somos carinhosos conosco. Talvez seja o preço pra não latir. Se bem que.

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