segunda-feira, 26 de setembro de 2011

gato 34


Fui ao mercado comprar coisas que não precisava porque precisava sair de casa. No caminho uma criança ri, outra corre, sol se põe, uma freira caminha lenta subindo a rua, um filhote late, cachorro, um filhote grita, moleque.

Faço uma vênia e boanoite à velha freira. Sempre as cumprimento, não sei por que. Freiras têm cara de reverendíssimas, sempre parecem. Boa noite, irmã, Boa noite meu filho, Sua bênção, irmã, Deus te abençoe, meu filho.

No mercado um pão marcado a 1 centavo. Preço errado, claramente, mesmo assim não perco tempo e pego o pão. Nem era o que eu queria, mas sendo 1 centavo vale a pena arriscar. Vou à fila, passo as compras, dão-me a conta, Não, ei!, isso está errado, dê cá esse pão. Pronto, nada de 1 centavo, pesaram o pão direito e ele saiu mais caro. Que seja, de qualquer jeito vai pra mesa.

Na volta mais crianças pela rua, a noite já escura e a lua escondida em algum lugar. Talvez em outro sistema solar. O gato filhote que fica na frente do prédio mia pra mim. Sorrio. Ele mia. Gatos não sabem sorrir. Se esfrega nas pernas da calça e as enche de pelo. Abaixo. O gato cheira minha mão e se vai.

Meu casaco ainda cheira a ela.

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